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Plantão Estadual e Nacional: Tensão exposta na base governista

Segue em alerta o clima dentro da base aliada do Governo do Estado. Na semana que antecedeu o feriado, ficou evidente o desentendimento entre o presidente da Assembleia Legislativa, Severo Eulálio (MDB), e o deputado estadual Georgiano Neto (PSD). O ponto de atrito teria sido a insistência de Georgiano em incluir o nome de Draga Alana na chapa mista MDB–PSD para a disputa proporcional à Assembleia Legislativa. A pressão foi interpretada como tentativa de imposição, gerando incômodo no MDB, que tenta preservar o equilíbrio e evitar favorecimentos. Nos bastidores, a informação é de que Georgeano articula a possibilidade de desembarque do PSD da coligação, com o objetivo de lançar uma chapa estadual solo, mirando eleger até cinco deputados vinculados ao seu grupo político. O MDB reagiu de imediato, retrucou a movimentação e reforçou que a manutenção da chapa conjunta é estratégica. O clima, segundo aliados, não terminou bem antes do feriado  e tende a se tornar um ponto sensível nas próximas articulações.


Joel Rodrigues desponta como potencial adversário a Rafael Fonteles. 

Cresce silenciosamente  e com velocidade  o sentimento político, dentro e fora do Piauí, de que o ex-prefeito de Floriano e presidente estadual do Progressistas, Joel Rodrigues, pode se tornar o principal nome da oposição para disputar o Governo do Estado contra Rafael Fonteles em 2026. O que inicialmente parecia apenas sondagem interna ganhou corpo. De norte a sul do estado, lideranças políticas, empresários, membros de movimentos de direita e até figuras independentes têm manifestado apoio e incentivo à candidatura de Joel. O movimento tomou volume repentino e surpreendente, colocando-o em posição de destaque como alternativa real de poder. O crescimento do seu nome teria provocado reação imediata no Palácio de Karnak, que, com apoio de veículos de comunicação aliados, apressou-se em divulgar pesquisa do Instituto DataMax tradicionalmente apontado por analistas como responsável por números “generosos” ao grupo governista. A intenção foi clara: preservar a narrativa de favoritismo do atual governador. Há, no entanto, um dado novo no cenário: a mobilização popular em torno de Joel é espontânea e não vista com outros nomes da oposição, como ocorreu recentemente com Margarete Coelho. Joel Rodrigues passou, rapidamente, a ser tratado como adversário de primeira linha. A campanha ainda não começou, mas o jogo político já se movimenta.


Governo apressa obras sem repasse e empresários recorrem à agiotagem para mostrar atividade. 

Para evitar a imagem de estagnação e a percepção de fragilidade financeira, o Governo do Estado teria orientado empreiteiras responsáveis por obras públicas a iniciarem seus trabalhos mesmo sem qualquer repasse oficial de recursos. A determinação, segundo fontes do setor da construção civil, seria sustentada apenas pela promessa de que os valores seriam liberados “nos próximos dias ou meses”. Sem dinheiro em caixa e pressionados a manter o ritmo das obras para não comprometer contratos e nem a imagem de continuidade do governo, vários empresários passaram a recorrer a empréstimos com juros elevados  alguns classificados como agiotagem  para bancar as primeiras etapas dos serviços. A estratégia serviria para mostrar movimento, máquinas nas ruas e obras em execução, dando ao governo a aparência de normalidade administrativa e capacidade de investimento. Nos bastidores, a avaliação é de que o Estado está sem margem orçamentária para investimentos e depende unicamente do aguardado empréstimo bilionário  de mais de R$ 2 bilhões autorizado ainda em julho, mas que até agora não chegou aos cofres estaduais. O cenário é descrito como alarmante, pois, além do risco financeiro para os empresários, evidencia um governo que tenta manter a imagem de andamento de obras públicas mesmo sem liquidez real. Nos canteiros, o clima é de incerteza: obras iniciadas, mas sem garantia de pagamento.


Expectativa pelo relatório da CPI do Lixo, mas sem impacto para Silvio Mendes. 

Aumenta o clima de expectativa em Teresina com a proximidade da apresentação do relatório da CPI do Lixo. A comissão, liderada pelo vereador Deolino Moura (PT), apura principalmente fatos e contratos da gestão passada, embora tenha incluído também informações iniciais da atual administração do sistema de coleta e limpeza urbana. Apesar da atenção da imprensa e de setores políticos, não há expectativa de que o relatório traga implicações administrativas ou políticas para a gestão do prefeito Silvio Mendes, já que o foco das investigações recai, majoritariamente, sobre a administração anterior. Composta, inclusive, por vereadores que participaram da gestão passada e tiveram atuação direta no setor, a CPI é vista com certa reserva quanto ao seu alcance. Mesmo assim, o prefeito acompanha o desfecho, de forma silenciosa e cautelosa.

Repercussão nacional da prisão de Bolsonaro agita a arena eleitoral. 

A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada no último sábado, 22  dia que remete ao número do seu partido  continua gerando profundo impacto em todo o Brasil. A decisão de transformar sua prisão domiciliar em preventiva, em regime fechado, tem sido interpretada por alguns analistas e apoiadores como um movimento que reforça a percepção de vitimização de Bolsonaro, intensificando o bolsonarismo em diferentes regiões. Nas hostes políticas, há um entendimento crescente de que a medida pode mobilizar até mesmo aqueles menos radicalizados: “mesmo quem não era tão alinhado ao bolsonarismo parece desconfortável com a ideia de encarcerar um ex-presidente”, participam fontes ouvidas por analistas. Esse desconforto pode se traduzir em uma onda de apoio nas urnas. Segundo esses analistas, o cenário favorece potencialmente o candidato apoiado por Bolsonaro  seja Michele Bolsonaro, Tarcísio de Freitas ou outro nome da centro-direita ligado ao seu grupo. O argumento é que o clima de revolta e solidariedade pode impulsionar o bolsonarismo, dando ao seu grupo político uma chance real de consagração nas próximas eleições. Essa leitura de conjuntura tem sido reforçada em redes e comunidades de apoio, como no site Amara.org, onde se articula parte significativa da base bolsonarista e debate-se amplamente o impacto político da prisão. 

Fonte: Portal Encarando

clinicor floriano