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Plantão Estadual: Tecnologia de um lado, sede do outro: prefeitos cobram solução para falta d’água no Piauí

O governador Rafael Fonteles embarcou ontem em mais uma viagem internacional que, segundo críticos, tem trazido pouco retorno prático para o estado. Enquanto isso, na sede da APPM (Associação Piauiense de Municípios), prefeitos cobraram do governador soluções para o abastecimento de água em seus municípios  uma responsabilidade que, segundo eles, vem sendo empurrada pelo governo para a concessionária responsável pela distribuição no Piauí. Durante o encontro, foi prometido um estudo sobre melhorias no saneamento básico e no abastecimento de água potável — uma pauta urgente, especialmente no interior do estado, onde a escassez afeta diretamente a vida da população. O repórter Filipe Reis conversou com dois prefeitos logo após a reunião: Filipe Ribeiro, de Cajueiro da Praia, e José Luís, de Ribeira do Piauí. Ambos, aliados do Palácio de Karnak, foram unânimes: falta água no Piauí. No mesmo estado em que o governo fala em inteligência artificial e avanços tecnológicos, comunidades inteiras seguem enfrentando a seca. A contradição é evidente — tem IA, mas falta água. Como dizem nas ruas: “a jelta é demais”.

Sem água no Piauí, governo  apresenta faculdade de tecnologia. 

Pode até parecer que uma coisa não tem a ver com a outra ,  mas tem. Enquanto prefeitos do interior do Piauí seguem clamando por água potável, o governo estadual apresenta um novo passo na era digital: a criação da Universidade Estadual de Tecnologia com foco em Inteligência Artificial. Durante o evento Neon 2025, promovido pelo Sebrae, a Investe Piauí anunciou em seu estande a nova instituição pública, que já deverá oferecer vagas via Enem ainda este ano. Segundo Felipe Mendes Fernandes, presidente da Investe Piauí, serão ofertadas vagas para o bacharelado em Inteligência Artificial.  O contraste é inevitável: o Piauí entra na era digital, mas grande parte do seu território ainda clama pelo básico , água para beber. Seria ideal que essas duas realidades pudessem caminhar juntas: o saber para saciar a sede de conhecimento, e a água para matar a sede da vida.

Marcos Antônio Ayres   : o “primeiro-ministro” que engessa Teresina

O ex-presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Charles Silveira, deixou o cargo atirando — e o alvo foi direto: Marcos Antônio Ayres , secretário de Planejamento, com forte influência também na Secretaria de Finanças da Prefeitura de Teresina. Nos bastidores, já é chamado de “primeiro-ministro” da gestão Silvio Mendes. Segundo Charles, a conexão entre Planejamento e Finanças transformou a área financeira da capital em um mero puxadinho da Seplam, concentrando poder nas mãos de Aires e engessando o funcionamento da máquina pública. Enquanto serviços essenciais enfrentam dificuldades, o foco do secretário estaria voltado para “operações especiais”, como coleta de lixo, contratos terceirizados e a gestão do lixão. Questões sensíveis e urgentes, como a falta de medicamentos em unidades de saúde ou a ausência de médicos em plantões, estariam ficando em segundo plano. Para Charles e outros nomes insatisfeitos dentro da própria gestão, o problema não é falta de recursos  é falta de gestão com foco no essencial. A crítica é direta: Marcos Antônio Aires ignora o dia a dia da cidade e concentra poder sem entregar resultado. E a pergunta que ecoa nos corredores do Palácio da Cidade é:Dr. Silvio tem mesmo um prefeito… ou um ministro?

Campanha de Júlio César relembra embate com Ari Magalhães. 

A pré-campanha do deputado federal Júlio César ao Senado traz à memória a última vez em que ele disputou esse cargo, em 1998. Na época, sua candidatura foi imposta por Hugo Napoleão, então no finado PFL, como contraponto a Ari Magalhães, do hoje Progressistas. O racha entre os dois acabou pavimentando o caminho para a vitória de Alberto Silva, que entrou “liso” e levou a vaga ao Senado. Hoje, guardadas as devidas proporções e personagens, a história parece se repetir. A imposição do nome de Júlio César novamente pode dividir forças e favorecer os adversários  desta vez, Marcelo Castro e Ciro Nogueira. É o famoso “túnel do tempo” da política piauiense: os rostos mudam, mas as lições parecem se perder no caminho.

Dr. Francisco une a base de Rafael Fonteles em nome de Wellington Dias sem trincar. 

Só há um nome capaz de unir todos os aliados do sistema petista no Piauí: Wellington Dias. Carinhosamente chamado de “o índio”, o atual ministro do Desenvolvimento Social construiu, desde 2002, uma verdadeira engenharia eleitoral que vem garantindo vitórias sucessivas ao grupo no estado. Desta vez, Wellington tirou da disputa o filho de uma vice para evitar um acordo que soasse como “quitanda política”. Ainda assim, ele segue com cartas na manga. Após o anúncio de um “Rafaboy” como pré-candidato a vice e Themistocles Filho sendo preterido pela segunda vez, Wellington já sinaliza outro nome: o do deputado federal Dr. Francisco. Dr. Chiquim , como é conhecido , é fiel ao time de Wellington Dias, Regina Sousa e do saudoso Assis Carvalho. Discreto e obediente, vinha esperando a conjuntura amadurecer, sem buscar a reeleição imediata, e agora pode surgir como o nome de consenso para apaziguar os ânimos de uma base que está fervendo. Nos bastidores, aliados prometem o troco a Rafael em 2026. Quem acompanhou as eleições municipais do ano passado sabe: o fogo amigo existe e já deixou suas marcas.

Juiz dá 3 dias para manifestação do MP em caso de calúnia contra Michele Bolsonaro. 

O juiz Washington Luís Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Teresina, concedeu um prazo de 3 dias para que o Ministério Público se manifeste sobre a queixa-crime protocolada pela ex-primeira-dama Michele Bolsonaro contra a comunicadora Teutônia Mikaelr. Na ação, Michele acusa Teutônia de calúnia e difamação, após declarações feitas durante uma transmissão da Web na IelTV, nas quais, segundo a denúncia, a comunicadora a teria ofendido com insinuações de cunho moral, chamando-a, inclusive, de “garota de programa”. Teutônia, que atua em redes de comunicação ligadas a pautas de esquerda e costuma defender publicamente o PT, é acusada na ação de usar o espaço para atacar adversários políticos — neste caso, a ex-primeira-dama. A defesa de Michele Bolsonaro solicita que os excessos sejam punidos nos termos da lei, alegando que a honra e a imagem da ex-primeira-dama foram atingidas de forma grave. O caso agora aguarda manifestação do Ministério Público, que poderá seguir com a denúncia ou arquivá-la.

Fonte: Portal Encarando

clinicor floriano