O Diário Oficial do Estado divulgou ontem a oficialização da abertura de investigação do Ministério Público Estadual sobre a comunicação do governo Rafael Fonteles. O secretário de Comunicação, Marcelo Noleto, é apontado como responsável por efetuar pagamentos a sites de notícias como Pin Piauí, Conecta e Pensar Piauí sem a existência de contratos formais. Nesses casos, a legislação prevê que a Secretaria de Comunicação deve realizar os repasses por meio de agências licitadas, contratadas para promover a divulgação institucional do governo. O MP já orientou a suspensão imediata desses pagamentos. Um ponto específico tem chamado ainda mais atenção na investigação: a relação com o portal Conecta. Segundo informações preliminares, o site receberia cerca de R$ 100 mil por mês. As apurações buscam esclarecer a suspeita de que o verdadeiro proprietário do portal seria o próprio secretário de Comunicação, Marcelo Noleto, que utilizaria um “laranja” para se declarar dono. Atualmente, o diretor do Conecta é Tiago Ribeiro, ex-funcionário da TV Meio, que não possuía histórico de grandes posses, mas repentinamente montou um portal com estrutura robusta e até mesmo adquiriu recentemente um canal de TV na região de Floriano. O Conecta tem atuado, na prática, como uma espécie de assessoria paralela de comunicação do governo estadual. O Ministério Público promete avançar nas investigações e esclarecer a “lambuzada” com o dinheiro público.
Rafael Fonteles, em estilo “reizinho”, bate boca com manifestante.
Pegou mal para o governador Rafael Fonteles o bate-boca ocorrido ontem durante sua participação no Congresso das Cidades, promovido pelo grupo Cidade Verde. No evento, o governador subiu ao palco para fazer uso da palavra, mas se irritou com a presença de manifestantes que cobravam melhorias para suas comunidades. Em tom considerado arrogante, Rafael respondeu aos protestos e entrou em confronto verbal com o grupo. Em determinado momento, o governador afirmou que “milhões de piauienses querem ele como governador” e que apenas os manifestantes presentes discordavam, numa tentativa de minimizar as críticas. A cena repercutiu negativamente e reforçou a imagem de um gestor de postura autoritária, que pouco dialoga com as demandas populares.
Ciro Nogueira comandou o lançamento da federação União Progressistas.
Em Brasília, ocorreu a solenidade de lançamento e convenção que oficializou a união entre as siglas União Brasil e Progressistas, formando uma federação partidária. O ato político foi comandado pelo senador Ciro Nogueira e reuniu governadores, prefeitos e parlamentares de diversas regiões do país. A nova composição passa a ser a maior federação partidária do Brasil, consolidando força no cenário político nacional. Entre os presentes, destacou-se a participação do líder cearense Ciro Gomes, que recebeu convite para se filiar ao União Brasil. Em discurso empolgado, Ciro defendeu a união das forças políticas contra a esquerda e pediu alinhamento interno para fortalecer a nova federação.
Quaest: 51% desaprovam governo Lula.
A pesquisa Quaest divulgada nesta semana mostra uma melhora tímida na avaliação do presidente Lula. Mesmo com a tentativa do lulismo de usar o chamado “tarifaço” como trampolim político, o efeito foi limitado. Segundo os números, Lula aparece com 51% de desaprovação e 46% de aprovação. Em julho, a desaprovação era de 53%, ou seja, houve uma redução de apenas 2 pontos percentuais , considerada muito modesta diante da expectativa da base governista. O resultado reforça o cenário de desgaste e a dificuldade do governo em reverter a percepção negativa da população.
Fartura do Piauí: criadores vendem animais para não morrer de sede .
A situação em Fartura do Piauí, município já marcado pelo episódio em que o prefeito buscou ajuda na Bahia para matar a sede da população, tornou-se desesperadora. Com a seca mais severa da história local, criadores começaram a vender seus animais para evitar a morte do rebanho por falta d’água. Um carro-pipa com 9 mil litros precisa ser adquirido a 150 km de distância, no município de Tamboril, ao custo de R$ 1.200 , valor inviável para pequenos agricultores, que vivem o pânico diário de perder seus animais. Apesar da comoção após a aparição do prefeito pedindo socorro, até o momento nenhuma providência concreta foi adotada pelo governo do Estado. A responsabilidade foi repassada para a Águas do Piauí, que terceirizou o abastecimento, mas não conseguiu garantir o fornecimento regular de água. Enquanto isso, a população e os rebanhos de Fartura seguem à espera de socorro.
Fonte: Portal Encarando
