Carlos Rodrigues, líder da greve dos servidores do INSS em Floriano, afirmou que a paralisação segue forte e sem previsão de encerramento, refletindo a insatisfação generalizada da categoria com a atual situação das agências da Previdência Social em nível nacional. Em entrevista, Carlos explicou que a greve, liderada pela Federação Nacional dos Servidores da Previdência Social (FENASP), tem como principal objetivo pressionar por melhores condições de trabalho, dado o nível de sucateamento das unidades do INSS em todo o país.
Carlos destacou que, desde o período pós-pandemia, muitos servidores continuam trabalhando em home office, utilizando recursos próprios, como internet e computadores, devido à precariedade das condições nas agências. Ele descreveu as instalações do INSS como totalmente inadequadas, com equipamentos obsoletos e falta de materiais essenciais, como papel, o que, segundo ele, torna o trabalho inviável.

O líder sindical também criticou a crescente terceirização dos serviços do INSS, mencionando que, ao buscar atendimento relacionado à Previdência Social, muitos cidadãos são direcionados a ligar para o número 135, onde são atendidos por funcionários de empresas terceirizadas. Carlos argumentou que esses trabalhadores, na maioria das vezes, desconhecem a legislação previdenciária, levando a informações incorretas e desencontradas, o que agrava ainda mais a situação.
Especificamente sobre Floriano, Carlos relatou que a agência local está em estado deplorável, com computadores que frequentemente não funcionam e falta de materiais de trabalho. Apesar disso, ele garantiu que o serviço de perícia médica continua sendo oferecido, com o objetivo de minimizar o impacto da greve sobre os cidadãos, reiterando que a luta dos servidores é por melhores condições de trabalho e não contra o público.
Por fim, Carlos mencionou que o governo havia feito uma proposta que foi analisada pelos líderes grevistas, mas, após a análise, o governo retrocedeu em sua oferta, fazendo com que as negociações voltassem à estaca zero. A greve, portanto, continua sem avanços nas negociações, refletindo a frustração dos servidores com o que consideram ser um descaso do governo para com suas reivindicações.
Confira a entrevista gravada com Carlos Rodrigues, líder da greve dos servidores do INSS em Floriano: https://fb.watch/u5RgPWyqkX/