Governo prevê economia de 2 bilhões de pesos argentinos (algo em tono de R$ 12 milhões, em conversão). A justificativa do Ministério é de que os beneficiários tinham irregularidades e não cumpriam as condições para receber os benefícios.
O governo da Argentina, por meio do Ministério de Capital Humano, disse, neste sábado (20), que cancelará mais de de 27.000 beneficiários dos programas Potenciar Trabajo e Potenciar Empleo (potenciar trabalho e potenciar emprego, respectivamente, em tradução livre do espanhol).
De acordo com o anúncio da pasta comandada pela ministra Sandra Pettovello, detectou-se 27.208 planos com incompatibilidades. Com isso, o pagamento de 2 bilhões de pesos argentinos (algo em tono de R$ 12 milhões, em conversão) foi suspenso.
A justificativa do Ministério é de que os beneficiários tinham irregularidades e não cumpriam as condições para receber o dinheiro dos benefícios.
Mais mudanças
O governo do presidente Javier Milei enviou a deputados nesta sexta-feira (19) uma proposta para mudar a chamada “lei omnibus”, um megaprojeto de lei com 664 artigos que trata de diversos temas —entre os quais, a privatização de empresas e um item que dá superpoderes ao presidente da Argentina até o fim do mandato, em dezembro de 2027.
É o primeiro recuo prático do governo Milei, dez dias depois de o porta-voz, Manuel Adorni, ter dito que “não se negocia” — ou seja, que não aceitaria alterações no conteúdo do projeto. A medida ocorre em meio à dificuldade de aprovação do texto no Congresso.
Segundo o jornal “La Nación”, que conversou com deputados que receberam as propostas de mudanças, o governo Milei enviou alterações em 100 artigos. Não foram todos os deputados que receberam as novas propostas, mas, sim, um grupo de deputados que estão dispostos a votar a favor da “lei omnibus” caso alguns itens sejam alterados. A expressão “omnibus” se refere a projetos de leis que mudam vários tópicos relacionados ou entre si. “Omnibus” vem do latim e significa “para todos”.