Transparência e participação no centro das propostas para renovar o clube
Em meio à crescente insatisfação com a condução administrativa do Corisabbá, o conselheiro fiscal e candidato à presidência Elisvaldo Silva surge como uma voz firme em defesa da legalidade, da transparência e da participação ativa da torcida. Em entrevista recente, ele detalhou suas propostas para transformar o clube e criticou duramente o descumprimento do Estatuto Social por parte da atual gestão.
Segundo Elisvaldo, desde 2019 o clube acumula falhas estatutárias. A principal delas: a falta de prestação de contas — obrigação prevista nos artigos 17 e 24 do Estatuto — e a ausência de uma lista oficial de Sócios Proprietários ativos. “Como realizar uma eleição legítima sem essas garantias?”, questiona ele, ressaltando que qualquer processo nessas condições é inválido e compromete a credibilidade da instituição.
Elisvaldo defende uma série de ações para recuperar a confiança da torcida e abrir um novo ciclo no clube. Entre suas principais propostas estão:
- Eleições 100% estatutárias, com respeito ao direito de voto dos Sócios Proprietários;
- Implementação imediata do programa de Sócio Torcedor com direito a voto, aprovado em fevereiro de 2024;
- Transparência total na gestão, com prestação de contas regular e pública;
- Fortalecimento do futebol com gestão técnica e profissionalizada.
Ele lembra que ainda em 2019 apresentou uma ferramenta para regularizar o quadro de sócios — passo essencial para eleições legítimas. “A proposta foi ignorada pela presidência. Isso mostra que a atual situação não se deve ao desconhecimento, mas à escolha deliberada de não seguir o Estatuto”, afirma.
A aprovação unânime da criação do programa de Sócio Torcedor com direito a voto foi considerada um marco. No entanto, mais de um ano depois, a medida continua engavetada. Para Elisvaldo, trata-se de uma oportunidade desperdiçada de envolver a torcida e gerar receita. “Se eleito, nossa primeira ação será colocá-lo em prática, respeitando o que foi aprovado pela assembleia”, garante.
Elisvaldo reforça que sua trajetória como Conselheiro Fiscal foi marcada por cobranças e propostas que, infelizmente, não avançaram por falta de vontade da diretoria. Ainda assim, acredita que sua experiência o preparou para enfrentar os desafios e liderar um novo momento. “Não represento a continuidade. Represento a mudança baseada no respeito às normas, na ética e na participação da torcida”, declara.
Com uma Assembleia marcada para esta quarta-feira, mas sem lista de sócios aptos publicada nem prestação de contas aprovada, Elisvaldo decidiu não se candidatar, em respeito ao Estatuto. “Não é apenas uma eleição, é a reconstrução da legitimidade do Corisabbá”, diz. Segundo ele, sua candidatura só ocorrerá quando houver um ambiente verdadeiramente democrático.
Na conclusão da entrevista, Elisvaldo foi enfático: “O Corisabbá precisa ser devolvido à sua base!”
