Na noite da terça-feira, 18 de março, a Câmara Municipal de Floriano realizou duas sessões ordinárias, que foram marcadas por debates acalorados entre oposição e situação, especialmente em torno do veto do Executivo ao Projeto de Lei nº 04/2025, que trata do incentivo financeiro para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE).
O presidente da Câmara, vereador Marcony Alisson, explicou que a sessão teve discussões sobre diversos projetos em tramitação, mas o tema mais debatido foi a mensagem de veto do Poder Executivo. Inicialmente, a matéria seria incluída na ordem do dia, mas, após um requerimento do líder do bloco da maioria, vereador James Rodrigues, foi solicitado que a mensagem passasse também pela Comissão de Finanças para uma análise mais aprofundada. Com isso, a votação do veto foi adiada, seguindo os prazos regimentais.
Marcony destacou a presença expressiva dos Agentes Comunitários de Saúde, que acompanharam a sessão atentos à posição dos vereadores sobre o veto. Ele ressaltou o aumento da participação popular nas sessões da Câmara, afirmando que, em apenas três meses, os debates no Legislativo praticamente dobraram o envolvimento da comunidade.
O presidente também explicou que, por questões regimentais, enquanto a mensagem de veto não for votada, outras matérias ficam travadas. Ele reforçou que a decisão de debater o tema com profundidade foi acertada, garantindo que qualquer medida tomada esteja dentro da legalidade. No fim das discussões, segundo Marcony, prevaleceu o entendimento entre os parlamentares.
O vereador David Oka, secretário da Mesa Diretora, avaliou a sessão como um momento de grande aprofundamento sobre o regimento interno da Câmara. Ele elogiou o conhecimento demonstrado pelos parlamentares sobre a Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município e o Plano Diretor, destacando que um bom legislador deve ter compreensão das leis para garantir a correta destinação dos recursos públicos.
O vereador ressaltou ainda a importância da presença dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias, que aguardavam uma manifestação do Legislativo sobre a gratificação vetada pelo prefeito Antônio Reis. Segundo David, foi justo que a matéria retornasse às comissões para um estudo detalhado do impacto financeiro e da viabilidade do repasse. Ele avaliou as sessões como tranquilas e elogiou a condução do presidente Marcony Alisson, afirmando que o fortalecimento do Legislativo tem feito a população compreender melhor o papel dos vereadores na melhoria da qualidade de vida dos florianenses.
O vereador Magno Weverson também se pronunciou sobre o veto do Projeto de Lei nº 04/2025, explicando que, devido ao pedido de análise financeira mais aprofundada, outras matérias não puderam ser votadas. Entre os projetos adiados estavam um do vereador João Neto e dois decretos legislativos para concessão de títulos de cidadania florianense. Apesar disso, várias indicações foram apresentadas, incluindo uma do próprio Magno Weverson solicitando a limpeza e revitalização do Riacho do Leite.
A expectativa agora é que o veto do Executivo passe pela Comissão de Finanças e retorne para votação nas próximas sessões, garantindo que o tema seja analisado com responsabilidade antes da decisão final do Legislativo.
