Após negociações com o governo estadual, a greve dos trabalhadores da educação da rede estadual do Piauí chegou a um fim provisório. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE) de Floriano, professora Léa de Almeida, falou sobre a assembleia realizada na quarta-feira (12), no clube do SINTE, em Teresina, e explicou os avanços obtidos nas negociações.
Segundo a professora, desde o terceiro dia da paralisação, o governo estadual abriu diálogo com o SINTE, mas a proposta inicial foi rejeitada pela categoria, o que manteve a greve em curso. Uma nova rodada de negociações ocorreu na última sexta-feira (7), resultando em pequenos avanços considerados significativos para os professores.

Um dos principais pontos acordados foi a criação de uma comissão para trabalhar na construção de um plano de cargos e salários ao longo dos próximos seis meses. Léa destacou que essa medida poderá garantir reajustes automáticos, evitando que a categoria tenha que lutar anualmente pelo cumprimento do piso salarial.
Sobre o reajuste, a presidente explicou que o governo manteve a posição de conceder o aumento para as classes A e B em janeiro, conforme previsto no Plano Nacional de Educação. Já para os profissionais com nível superior (categorias SL a SD), o reajuste será aplicado em maio. No entanto, este ano, os percentuais foram reajustados: além dos 6,27%, haverá um acréscimo de 0,5% por nível, garantindo um ganho maior para os professores.
Outro avanço foi o reajuste salarial de 5,35% para os funcionários das escolas estaduais, uma conquista que, segundo Léa, tem grande significado para a categoria.
Apesar da suspensão da greve, a professora reforçou que o movimento segue atento às demais reivindicações que ainda não foram atendidas, e novas paralisações podem ser convocadas caso o governo não cumpra os compromissos assumidos.
Confira a entrevista gravada com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE) de Floriano, professora Léa de Almeida: https://www.facebook.com/share/v/18jHqBmSxU/